segunda-feira, 17 de junho de 2013

                                                         SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM                                          
                                 CONSTRUÍDA ATRAVÉS DO TEXTO 'PAUSA' DE MOACYR  SCLIAR 




SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: Competência Leitora
Texto: Pausa( Moacyr Scliar)
Ano : Quinta série /Sexto ano.
Tempo previsto: 4 aulas

CONTEÚDO: Texto

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:

.Identificar a finalidade de um texto, seu gênero e o assunto principal;
.Capacidade de inferir comparações; checagem de conhecimentos linguisticos
(adjetivos,etc)
. Dar noção a partir dessa compreensão e ver a narrativa,o formato textual, o
conceito, a atitude.

ESTRATÉGIAS:

1- Ativar conhecimento de mundo; antecipação ou predição; checagem de hipóteses.
. O que é pausa?
. O que você espera de um texto com este nome?

2- Localização de informações; comparação de informações; generalizações;
a) Quais as personagens?
b) Para onde Samuel vai?

3- Produção de inferências locais; produção de inferências globais;
a) Quando a narrativa começa e quando termina?
b) Por que ele muda de nome?

4-Trabalhando o Texto "Pausa" e a Música "Paciência" - Compositor- Lenine
. Ao trabalhar o texto e a música em paralelo, questionar o aluno se ele consegue relacionar o texto com a música no seu dia-a-dia. Sendo assim, será pedido para os alunos relacionarem a música com o texto lido.


PERCEPÇÃO DAS RELAÇÕES DE INTERTEXTUALIDADE

. Qual o tema da música?
. Qual a relação da música com o texto?

RECURSOS:

. Texto e letra de música;
. Uso de vídeos informativos;
. Abrir discussões sobre o assunto

AVALIAÇÃO:

.O aluno será avaliado por observação, baseado nas estratégias de leitura presentes no texto de Roxane; expressão oral;
.de acordo com a capacidade de compreensão e apreensão de cada aluno ao texto lido e das inferências levantadas;
.Reconhecimento dos elementos da narrativa.

Letra da Música - 'PACIÊNCIA' - compositor: Lenine

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não... a vida não para)





TEXTO:        PAUSA

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro. Fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
—Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
 —Todos os domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
 —Temos muito trabalho no escritório – disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
—Por que não vens almoçar?
—Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse a carga, Samuel pegou o chapéu:
—Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e sentado entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia uma poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
—Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
—Estou com pressa, seu Raul – atalhou Samuel.
— Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
 —Aqui, meu bem! – uma gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta a chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho: a um canto, uma bacia cheia d’água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a move-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido. 
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por um índio montado o cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhando de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, levou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
 — Já vai, seu Isidoro?
 —Já – disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
 —Até domingo que vem, seu Isidoro – disse o gerente.
 —Não sei se virei – respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caia.
 —O senhor diz isto, mas volta sempre – observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo dos cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.

(in: Alfredo Bosi, org. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1977.



Bibliografia
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004. Texto apresentado em Congresso realizado em maio de 2004.

SCLIAR, Moacyr. In: BOSI, Alfredo. o conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cutrix, 1997.

Lenine, "Paciência"

                                                                                                                         Profª Gabriela Bueno



SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM DO GRUPO 7

Texto:  Pausa( Moacyr Scliar)

Ano: 8ª série / 9º ano

Tempo previsto: 4 aulas

Conteúdo
-Funcionamento da norma padrão presente no texto;
-Elementos da narrativa;
-Tipologia Textual: Narrativa;
-Gênero Textual: Conto


Competências e Habilidades

-Levantamento de hipóteses do conhecimento prévio dos alunos em relação ao assunto;
-Antecipação do tema ou ideia principal;
-Definição dos objetivos de leitura;
-Localização ou construção do tema ou ideia pricipal;
-Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido criadas antes ou durante a leitura;
-Esclarecimentos de palavras desconhecidas a partir das inferências;
-Construção do sentido global do texto;
-Identificar referências a outros textos., buscando informações adicionais, se necessário;
-Troca de informações a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações para a sustentação de sua leitura acolhendo outras posições;
-Avaliando a crítica do texto.

Estratégias

Antes da Leitura
-Ativação dos conhecimentos prévios- Antecipação-Checagem de hipóteses
Perguntas feitas pelo professor
-Vocês sabem o que é um conto?
-Conhecem aquele provérbio:"Quem conta um conto aumenta um ponto"?
-O título sugere como o conto vai acontecer?
Leitura feita pelo professor pausando nos pontos estratégicos para perguntar o que eles acham que vai acontecer.
Após a leitura questões orais:
-Qual foi a personagem do texto que você mais gostou?
-Como se deu a descrição das personagens?
-Por que vocês acham que Samuel fazia aquilo?
-O que essa estória tem a ver com a vida real? Justifiquem.
-Podemos perceber que o tempo da narrativa é mais psicológico do que cronológico. Citem passagens desse tempo psicológico;
-Quais são as palavras cujo significado vocês desconhecem? Vamos compartilhar?

Percepções das Relações de Intertextualidade

Audição da música: Sempre Assim - Jota Quest
-Vocês conseguem perceber que sempre nos deparamos com relações sobre o cotidiano.O que percebemos nesta música?
-Façam uma relação entre a música e o texto lido.

Recursos

-Texto impresso ou no data-show;
-Dicionário;
-Letra da música;
-Aparelho de som


Avaliação

Verificar se os alunos:
-Identificam o tema e a ideia principal?
-Organizam em sequência lógica itens de informação explícita, distribuídos ao longo do texto?
-Compreendem conteúdos implícitos , que envolvam inferência e integração de segmentos do texto?
-Avaliam criticamente o texto. 

Referências Bibliográficas

Rojo, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para cidadania. São Pulo : SEE : CENP, 2004
Scliar, Moacyr. In: Bosi, Alfredo, o conto brasileiro contemporâneo, São Paulo: Cutrix, 1997.


domingo, 16 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

TEXTO: “PAUSA” DE MOACYR SCLIAR

Tempo Previsto: 8 aulas                     Série/Ano: 8º/ 9º

Objetivo: Mostrar a vida conjugal (Família) e conscientizá-lo sobre o respeito mútuo.

Conteúdos: As características da crônica (estrutura, sutileza, subjetividade).

Competências e Habilidades:  
o                                Leitora e escritora;
o                                Inferir o tema ou o assunto principal, com base na localização de informações implícitas no texto;
o                                Identificar a finalidade da crônica, seu gênero e o assunto principal.

Estratégias:
o                                Perceptuais, cognição social e o principal metacognitivas; 
o                                Trazer a imagem de um homem com as mesmas características do personagem desse texto (solitário, sistemático), assim como trazer a imagem de uma mulher com as mesmas características dessa do texto (azedume na voz e seca); 
o                                Debater com os alunos sobre o tema, fazendo a sondagem dos conhecimentos (sincronicidade);
o                                Hipóteses: O título está coerente com o texto? Por quê? Esse título causou estranheza e por quê?;
o                                Deixar pistas como palavras em negrito (rapidamente, Samuel, jovem, tinha fronte calva, máscara, Isidoro, Friozinho, fechou a porta, comeu vorazmente, silêncio, guiava lentamente, azedume na voz e seca) para o aluno (leitor) interagir com o autor (localização das informações).

Recursos:
o                                Imagens verbais e não- verbais;
o                                Xerox do texto com dicas (negrito);
o                                Dicionário;
o                                Artigo dos Direitos Humanos (Carta Magna e Tratado de Viena).

Avaliação:
o                                Participação oral.


ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004. Texto apresentado em Congresso realizado em maio de 2004. ROJO, ,

SCLIAR, Moacyr. In: BOSI, Alfredo. o conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cutrix, 1997



domingo, 9 de junho de 2013

"Um pouco de poesia"

“O Auto-Retrato”

No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore…
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança…
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão…
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança…
Corrigido por um louco!

Para você que gosta de poesia, um pouco de 
Mário Quintana.

Um abraço, 
Gabriela Bueno
Estamos na era da tecnologia e o blog como ferramenta pedagógica vem ao encontro dos jovens e professores incentivando às práticas de leitura e escrita. Acredito que o blog como instrumento de aprendizagem pode estimular a estas práticas por ser do gênero digital, proporcionando uma interatividade entre professores e alunos, adaptando aos seus objetivos e área. É uma ferramenta de grande valor e pode ser explorado de diversas formas. Se observarmos, hoje, muitas vezes o aluno tem preguiça de ler um livro, mas se postarmos um pequeno trecho e ele gostar, com certeza, o interesse pela leitura aumentará ou mesmo ao postar um vídeo, o interesse pela aula será maior e  positivo. Pensando em todo esse avanço tecnológico, porque não adaptarmos esse recurso pedagógico tão grandioso à nossa rotina?


Fazendo uma viagem ao túnel do tempo, desde criança, meus pais sempre compravam livros de histórias infantis, contos de fadas e liam para mim. Guardo até hoje uma coleção ilustrada dos contos de fadas em perfeito estado. Na época do primário, não me recordo de ter lido livros pela escola, mas tinha o hábito de ler em casa os famosos gibis. Adorava histórias em quadrinhos e quando posso, leio alguma historinha até hoje. Ah! estes também,  guardo uma coleção antiga e não dou para ninguém.Para mim são relíquias e fazem parte de um passado feliz. Iniciei a leitura de livros paradidáticos a partir da Quinta  Série e um dos livros de que me recordo era "Justino, O Retirante". Lembro que este livro não me agradou, mas com o passar do tempo, outros livros vieram e vários foram lidos e lidos, até hoje.
Hoje, a leitura faz parte da minha vida, pois ela me fascina, me ensina, me emociona e me dá muito prazer, principalmente quando leio o que quero.
Incentivo muito meus alunos a lerem e a contarem as histórias lidas e percebo muita empolgação por parte de alguns, pois conseguem entrar na história.
Hoje, como mãe, incentivo muito a leitura para as minhas filhas, sem obrigar, mas mostrando como a leitura pode nos levar à outros caminhos, mundos que não conhecemos.
      LER!          VIVER!                      SONHAR!            SENTIR!                                         EMOCIONAR!          CHORAR!                             
                     SORRIR!                             

                "Essa, sou eu"                          

Gabriela N.C.Bueno